“Não somos máquinas, mas sim artistas”
LabPro: Quais os resultados do advento da licenciatura em Prótese Dentária no país?
Jorge Souto: Relativamente ao resto da Europa, estamos muito bem. A nossa universidade tem o Programa de Mobilidade de Estudantes na Comunidade Europeia. Houve no início uma grande dificuldade em conseguir enviar os alunos para fora de Portugal, pois não há nenhuma escola com o mesmo grau que temos cá, existem apenas escolas com o grau técnico-profissional. Ao nível do país, fomos pioneiros no bacharelato de Prótese Dentária. O curso de Prótese Dentária iniciou em Lisboa, mas consistia numa formação técnica-profissional. Mais tarde, outras escolas obtiveram o grau de técnico-profissional e nós a licenciatura. Neste momento, estamos todos em pé de igualdade.
LP: Qual a sua opinião sobre a regularização da situação dos profissionais?
JS: Já há bastante tempo que gostaria de ver isso a avançar. Acho que a situação deveria estar bem regularizada, porque existem grandes discrepâncias, encontramos pessoas a trabalhar sem condições. Há profissionais sem formação que trabalham com a boca das pessoas e não conhecem os riscos. Na minha opinião, isto deveria ser bem legislado e bem fiscalizado. Antes de começarmos com as formações nas escolas, as pessoas com 16 anos iam para laboratórios e apreendiam. Hoje, existem ainda muitos laboratórios assim, com indivíduos a trabalhar apenas com esse conhecimento. Atualmente, temo-nos deparado com profissionais nessa situação que vêm tirar a licenciatura na
CESPU, são pessoas que estão a trabalhar há 15 e 20 anos, mas que querem legalizar a sua situação.
Leia a entrevista na íntegra na LabPro 9
16 Agosto 2012
Entrevistas