Reabilitação Estética com diferentes tipos de restaurações fixas
Caso clínico de Salomão Rocha, com a colaboração de Cristiano Pereira Alves e Miguel Moura Gonçalves.
O médico dentista que reabilita o paciente parcialmente desdentado tem de avaliar quais os dentes a serem restaurados, quais as técnicas e materiais a utilizar, como vão ser preparados os dentes e onde vão ser colocadas as margens das restaurações.
Os princípios que devem guiar uma reabilitação oral são o equilíbrio biológico, a harmonia funcional e a estética dento-facial.
No entanto, os motivos que guiam muitas vezes os pacientes para estas reabilitações são a melhoria do sorriso, da estética e da beleza facial.
Estes argumentos do paciente nunca devem ser ignorados. Um dos achados intrigantes da pesquisa na área da psicologia é o da existência de um estereótipo de beleza.
Está comprovado que as pessoas acreditam que indivíduos mais bonitos são mais felizes, sexualmente mais ativos, mais extrovertidos, mais inteligentes e mais bem-sucedidos a nível pessoal e profissional.
Uma reabilitação protética envolve sempre uma intervenção multidisciplinar, em que a correta planificação e a hierarquia dos tratamentos é preponderante para o resultado final.
No caso clínico documentado pretende-se focar alguns aspetos essenciais na reabilitação com prótese fixa no setor anterior, com particular ênfase na planificação e restaurações fixas sobre dentes naturais e implantes.
A PLANIFICAÇÃO DO SORRISO
De modo a obter resultados esteticamente previsíveis, o desenho das restaurações finais deve ser definido numa fase inicial do planeamento da reabilitação.
O uso de questionários, check-lists, modelos, registos radiográficos e fotográficos são essenciais. São vários os parâmetros estéticos possíveis de avaliar.
PREPARAÇÕES DENTÁRIAS
A restauração indireta mais conservadora é aquela que substitui o esmalte sem, ou com a mínima, preparação da dentina. Estas restaurações são usadas para alterar a forma dos dentes, substituir pequenas perdas de estrutura dentária ou fazer ligeiras alterações de cor.
O esmalte vestibular dos dentes anteriores varia de 0.4 a 1.0mm, de cervical para incisal. De modo a manter a preparação o mais conservadora possível, esta deve ser realizada sobre o “mock-up” aditivo, garantindo assim uma redução mínima da estrutura dentária.
A decisão de realizar um preparo para uma coroa total faz-se quando:
1) já existe uma coroa dentária e esta vai ser substituída;
2) estruturalmente a face palatina/lingual precisa de ser substituída;
3) o novo esquema oclusal necessita de uma alteração significativa, de modo que a face palatina/lingual tem de ser revestida;
4) materiais muito resistentes são necessários para a reabilitação;
5) dentes com tratamento endodôntico não cirúrgico e grandes cavidades de acesso;
6) correções de grandes alterações a nível da inclinação vestíbulo/palatina.
À exceção da preparação já existente, a preparação para uma coroa total deve igualmente guiar-se pelo “mock-up”.
O desgaste necessário deve ser efetuado segundo o material a utilizar, a posição final do dente e a discrepância entre a cor do dente e a cor final da restauração.
Leia o artigo na íntegra na CiênciaPro 4, página 42, aqui.
3 Novembro 2014
Atualidade