“Comunicação entre Médico Dentista e Técnico de Prótese Dentária – um “must have” na reabilitação oral”

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Excerto do artigo técnico de Rui Monterroso, Hugo Moreira Pereira e Helena Melo.

O médico dentista tem a responsabilidade de, no consultório dentário, avaliar clinicamente a melhor opção de tratamento para o paciente, e a decisão de qualquer procedimento reabilitador é sua, assim como também lhe compete tomar as decisões clínicas respeitantes às características da prótese. (Radhi, Lyinch e Hannigan, 2007; Carneiro, 2006).

No entanto, Berry et al (2014) refere que existem frequentemente erros aquando da prescrição do material a utilizar ou na escolha do tipo de prótese, que muitas vezes leva a decisões incorretas por parte do TPD.

Segundo Davenport et al (2000), a função do MD é baseada nos seguintes parâmetros:

•Conhecimento dos fatores biológicos, processos patológicos e a possível influência de fatores mecânicos na função mastigatória;

•Conhecimento da história médica e dentária do paciente e capacidade de avaliar os aspetos que possam ser significativos na reabilitação;

•Capacidade de realizar um exame clínico completo;

•Capacidade de preparar a cavidade oral, através da preparação dentária, terapia ortodôntica e periodontal, para aumentar a eficácia do tratamento prostodôntico;

•Capacidade de projetar uma prótese que melhora a função mastigatória;

•Capacidade de antecipar possíveis futuras alterações orais, que podem influenciar o fabrico da prótese dentária.

As responsabilidades do MD para com o TPD incluem dar instruções escritas que especifiquem que materiais devem ser utilizados no fabrico da prótese e fornecer impressões de boa qualidade e registos interoclusais (Radhi et al, 2007,).

É o clínico o único profissional a ter habilitações para tratar as diversas condições orais e os problemas que lhe estão associados, cabendo-lhe orientar o TPD na fabricação das próteses (Jenkins et alii, 2009; Lynch e Allen, 2005; Radhi et alii, 2007).

Estudos mostram que as responsabilidades acima referidas são muitas vezes negligenciadas ou delegadas ao TPD, o que resulta num decréscimo da qualidade do trabalho final e muitas vezes prejudicial a nível periodontal, pouco tempo após a inserção de uma prótese (Zavanelli, 2004; Carneiro, 2006).

Leia o artigo na íntegra na LabPro 17, aqui.

22 Janeiro 2015
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