Holanda: várias clínicas dentárias em risco de falir
Centenas de clínicas dentárias, que tratam aproximadamente um milhão de holandeses, informaram a Autoridade Holandesa de Assistência à Saúde (NZa) que só conseguirão “sobreviver algumas semanas”. Quem o diz é o vice-presidente da Associação Holandesa de Dentistas (ANT), Ravin Raktoe.
Tal como em Portugal, os dentistas na Holanda só podem atender os pacientes em casos comprovadamente urgentes, o que corresponde apenas a 2 ou 3% de todos os tratamentos. Como explica Ravin Raktoe, esta percentagem acentuadamente reduzida não suportaria de forma alguma os custos fixos das clínicas, em que cerca de 80 a 85% da faturação total é derivada dos cuidados de saúde oral prestados.
A decisão de manter fechadas as clínicas acontece porque as atividades de medicina dentária, estomatologia e odontologia, bem como demais cuidados de saúde oral, pela sua natureza, implicam o contacto direto, próximo e demorado entre o profissional de saúde e o paciente, circunstância que representa risco acrescido de contágio pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença Covid-19.
Os empresários que veem a sua atividade parada, mas que precisam de continuar a pagar custos fixos, como mão-de-obra e renda, podem, graças às medidas do governo, apelar a esquemas como o Temporary Emergency Measure Bridging Employment (NOW). O chamado programa TOGS também pode dar-lhes algum apoio financeiro. No entanto, os profissionais de saúde oral não podem usufruir destas medidas, uma vez que estão excluídos.
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7 Abril 2020
Atualidade