“Quando chegamos ao mundo real as coisas são menos perfeitas”
Bruno Borges, técnico de prótese dentária em entrevista à LabPro.
Antes da faculdade já tinha tido algum contacto com a área da prótese dentária?
Não, foi mesmo arriscar e ver se gostava. Na altura pensei “se não gostar do primeiro ano, consigo trocar por outra área”, tanto que o meu curso começou com mais de 60 pessoas e logo no segundo ano, 30 a 40 % das pessoas saíram, ou porque mudaram de curso, ou abandonaram por outros motivos. Depois de entrar num curso torna-se mais fácil mudar, devido a alguma compatibilidade que a instituição e o curso ofereciam. A minha ideia foi um pouco por aí.
Depois da academia, qual foi a primeira experiência profissional?
Um laboratório, um trabalho não remunerado que durou três meses. Foi como se tivesse sido um estágio. Felizmente, ou infelizmente, esta é uma área em que não basta ter só conhecimento teórico, é preciso ter conhecimento técnico e ter experiência prática. Um técnico, quando sai da faculdade, infelizmente não sai preparado para o mercado real. A maior parte do trabalho desenvolvido na faculdade é realizado em modelos standard. Quando chegamos ao mundo real as coisas são menos perfeitas, é necessário haver alguma adaptabilidade, é preciso ter destreza manual e isso requer prática. Nessa medida, fui ficando para aprender, para ajudar com coisas muito simples, ao mesmo tempo que tinha a possibilidade de espreitar outras possibilidades de trabalho mais consistentes.
Entrevista completa na LabPro 42.
28 Abril 2021
Atualidade