“Se queres um trabalho brilhante precisas de pessoas brilhantes”
Em 2004 Diogo Gomes criou a ProtoArt, um pequeno laboratório sediado em Lisboa, no Parque das Nações. Mas foi em 2017, que surgiu o nome DentalShaping, um projeto novo e conjunto entre Diogo e a Tatiana Gomes. Uma história de amor a três que quisemos conhecer. A LabPro conversou com Diogo Gomes para saber mais sobre este projeto.
Como e quando nasceu o Laboratório Dental Shaping?
A Dental Shaping nasceu da evolução de um laboratório que existia desde 2004, a ProtoArt. Tinha sido um projeto exclusivo do Diogo, que começou logo a seguir à faculdade. Mas apesar de já ter o seu carimbo no mercado sentimos a necessidade de um projeto novo, de raiz, tal como o nosso casamento. A Dental Shaping tinha surgido em 2017 apenas como nome do nosso espaço. Mas depressa percebemos que tínhamos potencial para um projeto mais ambicioso e decidimos migrar tudo para a Dental Shaping para começar algo que preenchesse as nossas ambições. Assim, desde 2019, decidimos que a Dental Shaping iria ter um lugar de destaque na prótese dentária em Portugal e temos trabalhado para isso.
Como é criar um laboratório de raiz? Que dificuldades encontraram no caminho?
Hoje em dia não é nada fácil. Pelo menos para quem se quer focar na prótese fixa. O investimento é enorme relativamente ao proveito que se vai ter a curto prazo. Os gastos são demasiados. Não só pelo investimento inicial, mas também as matérias primas são caras. Pelo menos para o nosso mercado. É de salientar que neste momento da história da prótese dentária estamos no meio da revolução digital. Em que os investimentos são ainda maiores e não há ainda grandes certezas de proveitos face aos investimentos. No meio desta (r)evolução digital há ainda muita incerteza. Nem mesmo os comerciais conseguem acompanhar tanto (des)conhecimento. Felizmente em Portugal os técnicos de prótese são muito unidos e partilham muito quais os problemas que encontram com determinados equipamentos e técnicas e se são os mais adequados ao nosso trabalho.
Quais são os principais erros que se cometem na abertura de um laboratório?
Provavelmente vou parecer um pouco arrogante, mas acho que o maior erro é pensar pequeno. O investimento é tão grande que se pensarmos pequeno não seremos capazes, pelo menos sozinhos, de fazer face a todas as técnicas hoje em dia presentes no mercado. E acabamos por nos reduzir a determinados procedimentos que não são, de todo, uma mais valia para a clínica.
Como é constituída a vossa equipa?
O lema da nossa casa é “se queres um trabalho brilhante, precisas de pessoas brilhantes”. As pessoas que trabalham connosco sabem da nossa exigência e do nosso rigor. Apreciamos que todos os membros da nossa equipa saibam fazer quase todo o tipo de funções envolvidas no nosso trabalho, embora algumas pessoas tenham funções mais específicas. Contamos (para já) com duas pessoas no Cad-Cam (Pedro Gomes e Fábio Graça), três pessoas na cerâmica (Diogo Gomes, Tatiana Gomes e Tânia Pinto), duas pessoas generalistas (Andreia Azevedo e Bernardo Rodrigues) e uma pessoa nos gessos que acumula também funções de fotografia, visto ser fotógrafa de profissão (Paola Guanca).
Entrevista completa na LabPro 44.
19 Novembro 2021
EntrevistasPrótese dentária