“Considerações biomecânicas nos fracassos em Implantologia – visão do técnico”

O técnico de prótese dentária Luís Macieira foi um dos oradores da I Reunião sobre Insucessos em Implantologia, evento que decorreu a 15 de fevereiro em Barcelos.
Luís Macieira revelou-nos que a sua intervenção foi simples e apenas concentrada em dois aspetos que valoriza particularmente na confeção das próteses sobre implantes: ajuste passivo e sua importância, assim como materiais e desenho das conexões aos implantes.
“Na minha opinião, são temas pouco abordados e mesmo até pouco valorizados em muitas situações, quer sob o ponto de vista laboratorial quer clínico, e com muita frequência vemos discutir aspetos vários à volta de complicações dos casos de implantes, mas poucas vezes relacionados com as próteses que sobres estes são colocadas. A prótese, para além de ser o ‘fim’ pelo qual se colocam os implantes, pode também influenciar o maior ou menor sucesso de um tratamento e, no limite, pode até contribuir para um fracasso, dependendo da forma como está concebida. Esta foi a ideia que quis transmitir, pois continuo a achar que na confeção da prótese ainda se dá pouca atenção ao desenho e ao material com que se ‘ataca’ o implante… e que o técnico deveria com maior frequência, por exemplo, receber com a prescrição de uma radiografia que lhe permita desenhar corretamente os perfis de emergência. A utilização exclusiva de próteses com conexões maquinadas e produzidas em materiais bio-inertes, como o titânio ou a zirconia, é para mim o ‘state of the art’ no momento atual e deveria ser um ‘standard’. Mas, infelizmente, ainda não é. Isto porque, por um lado, os clínicos não o exijem e, por outro, os técnicos não estão sensibilizados para a importância deste facto. Resumindo, e tal como referi, falamos muito de bactérias e esquecemos as baratas…”.
Leia toda a reportagem na DentalPro 75, brevemente disponível.
21 Março 2014
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