“O mercado exige rapidez, preço e qualidade”
LabPro: Acha que a procura de próteses está a decair, fruto da disseminação do implantes?
António Castel-Branco: A prótese não está a decair, porque a prótese transfere-se de ramos. Também fazemos próteses sobre implantes. Existem próteses removíveis e próteses fixas e, dentro das próteses fixas, temos próteses sobre implantes. Tem havido uma transfe¬rência, iniciada em 2008, de uma grande quantidade da prótese acrílica para a prótese sobre implantes. Nota-se que o volume da acrílica baixou ligeiramente e que o da fixa aumentou. Na prótese fixa passámos a trabalhar muito menos sobre dentes remanescentes e a fazer mais prótese sobre implantes. Antes cortavam-se dois dentes, que se calhar até estavam bons, para colocar uma prótese, a que chamamos ponte, para ocupar aquele espaço. Hoje em dia colocamos um único implante e uma coroa e não estragamos dois dentes. Daí a componente de implan¬tologia ter aumentado muito, até pela soma de todos os fatores. É também mais estético e mais prático.
LP: Como descreve o mercado português de prótese dentária?
ACB: Acho que a nível de prótese temos dos melhores técnicos da Europa, somos muito bons, temos pessoas que intervêm em congressos internacionais em que pára tudo para os ir ver. Os portugueses deviam apostar mais noutros países, mostrarem-se mais. Ainda somos poucos a falar noutros países e há pessoas com muita capacida¬de. É bom para o país, é bom para o mercado haver essa visibilidade dos nossos técnicos.
Entrevista na íntegra na LabPro 6
23 Julho 2012
Entrevistas