Prótese Dentária ganha novo impulso com curso de mestrado
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O novo curso de Mestrado em Ciências e Tecnologias da Saúde Oral, na área de especialização de prótese dentária, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), vai proporcionar uma formação multidisciplinar e abrangente nas tecnologias digitais da área da prótese dentária, uma área de crescente procura no mercado nacional e internacional. João Carlos Roque, membro do Conselho Pedagógico e docente do Conselho Coordenador da Licenciatura em Prótese Dentária, refere que “começa uma nova etapa no ensino da prótese dentária. Mais um degrau na afirmação de uma profissão que se quer reconhecida no ensino universitário”. Para o docente, “a evolução das profissões é indissociável da melhoria do seu nível de ensino”, daí a importância desta especialização.
Começa agora uma nova etapa no ensino da prótese dentária. O que traz de novo esta nova formação académica?
O novo curso de Mestrado em Ciências e Tecnologias da Saúde Oral, na área de especialização de Prótese Dentária, vem completar a oferta educativa neste ramo. A partir de agora é possível completar os três ciclos de formação de nível superior (licenciatura, mestrado e doutoramento) na área específica de prótese dentária. Este novo curso confere um grau académico de mestre e foi escortinado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, tendo sido aprovado pelo número máximo de anos possível. Uma vez mais, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa é pioneira e impulsionadora do progresso da área científica de prótese dentária.
Uma vez mais a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa é pioneira e impulsionadora do progresso da área científica de prótese dentária. É mais um degrau na afirmação de uma profissão que se quer reconhecida no ensino universitário? De que forma?
A evolução das profissões é indissociável da melhoria do seu nível de ensino e este depende em muito da evolução técnico-científica, que em larga medida é desenvolvida através da investigação realizada nas universidades ou com as universidades. Poder contar para o desenvolvimento científico de uma área com os seus próprios profissionais é um passo decisivo para o reconhecimento como uma área de ciência autónoma e não apenas uma área profissional, que absorve a ciência produzida por outros (ex: médicos dentistas ou engenheiros). Ter técnicos de prótese dentária a fazer cursos de mestrado ou doutoramento é envolvê-los ativamente na produção de conhecimento científico, de forma continuada e sistemática, o que fará aumentar o nível de formação dos profissionais e os deixará mais bem preparados para serem capazes de impulsionar e reagir à permanente transformação da profissão.
Ao nível dos conteúdos programáticos o que podem esperar os novos formandos?
Como é de esperar num curso que visa dar competências ao nível da criação de conhecimento científico, haverá unidades curriculares que visam ensinar e desenvolver o método científico nas suas várias vertentes. Sendo a área digital da profissão cada vez mais acentuada, haverá também unidades curriculares que visam dar a conhecer as várias vertentes da utilização de tecnologia digital na profissão e dos problemas e questões científicas que necessitam de resposta para que seja utilizado de uma forma mais eficiente. Por último, dar também oportunidade aos estudantes de ter contacto com algumas tecnologias e processos digitais que vão sendo introduzidos na indústria ou nos laboratórios de prótese dentária.
Leia a entrevista completa na LabPro 55.
17 Julho 2024
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